Do OFF para o OM
Recentemente, tive a oportunidade de me afastar de tudo e (mais uma vez) vivenciar a experiência de um retiro. Até então, não tinha feito nenhuma viagem em 2020. Estava um pouco desacostumada, mesmo o destino sendo pertinho. Depois de uma viagem de mais ou menos duas horas, subi as montanhas e lá em cima estava o Templo Taikanji.
Já fiz alguns retiros na vida, mas dessa vez foi muito diferente, pois envolvia: Pandemia + Silêncio + Budismo.
O primeiro grande desafio foi ficar em silêncio acompanhada por estranhos. Acho meio incômodo, porque ficar em silêncio exige intimidade, né?
No templo, os dias começam e terminam com a prática de meditação Zazen. Este método nada tem a ver com a simples meditação das aulas de yoga. No total, são três horas de meditação diárias, divididas em três sessões de uma hora cada.
Depois da primeira hora de meditação da manhã, é realizada uma celebração Budista, onde citamos sutras em japonês e chinês.
Antes de cada refeição é realizado um longo ritual, onde agradecemos tudo e todos envolvidos na produção daquela comida. Ao longo do dia, realizamos trabalhos voluntários no espaço, como limpar a casa e o jardim.
Acredito que o Monge Enjo Sensei propõe uma pequena demonstração do que seria
a vida em um mosteiro. Esses três dias me ajudaram demais a sair do modo automático. Afinal, fazer algo que traz a gente para o momento presente tem um efeito único.
Comentários
Postar um comentário